Nesta obra apresentamos a imagem que deram do país os diplomatas entre 1974 e o verão de 1976, através dos documentos diplomáticos suíços, nomeadamente dos relatórios políticos conservados na íntegra.
Estes textos permitem seguir o desenrolar de quase todos os principais acontecimentos, da publicação do livro de Spínola até à formação do Primeiro Governo Constitucional.
Os diplomatas exprimem livremente a sua opinião, sem ter de se preocupar com as consequências, como sucede com os jornalistas. Em vários casos, os embaixadores suíços relatam as conversas privadas que tiveram com alguns pesos-pesados da política lusa, civis e militares, que criticam adversários e até colegas.
Se a maioria das análises são fundamentadas, em alguns casos, podemos ler comentários pouco pertinentes e informações claramente erradas. Além do anticomunismo visceral nos meios diplomáticos que se denota nas suas análises, temos de ter em conta a dificuldade em interpretar uma atualidade em constante mutação.
